Impressora doméstica + amaciante = tecido personalizado

Estou devendo uma descrição da forma de imprimir no tecido e peço desculpas pela demora mas tive uma semana bem movimentada. Eu não sou uma boa professora, mas aí vai.
Usar a impresssora jato de tinta (essa que temos em casa) já é usado há um bom tempo. As gringas têm um líquido chamado Bubble Jet que é difícil de trazer e no Brasil, ouvi dizer, é vendido pela Lido Quilt. Tem também o tal de transfer paper que é vendido em qualquer loja de produtos para computadores. Eu já comprei e não me animei a usar porque ouvi dizer que dixa uma textura emborrachada no tecido.
O que eu fiz e deu certo é a técnica que a Cândida ensinou no curso de Crazy. É a técnica do amaciante. Não precisa de nada além de um amaciante de supermercado, o seu tecidinho de algodão lavado e a sua impressora.
Eu cortei no tamanho da folha A4, um pouco menor nas bordas. Mergulhei os tecidos secos numa bacia com Confort tradicional puro e deixei uma noite inteira. No outro dia torci bem e deixei secar no varal. Depois de seco passei à ferro para esticar e com uma fita durex em toda extensão da borda superiro do tecido prendi na folha A4. Como cortei o tecido um pouco menor, ficou papel sobrando de todos os lados, isso é importante para que o tecido entre na impressora sem provocar um acidente.
A Cândida ensinou a usar uma folha de freezer paper grudada no tecido, dá uma estabilidade maior.
Daí é só mandar imprimir a estampa que você escolheu.
A minha etiqueta foi feita no Microsoft Publisher que tenho no meu computador.
A Miwa me contou que o resultado fica bom se deixarmos as cores bem vivas usando algum programa gráfico e figuras com boa resolução.
Depois de impresso, deixe a tinta secar bem por mais uma noite. No outro dia é só passar a ferro para fixar bem a impressão. Daí lave o tecido novamente com detergente e passe de novo. Pronto para usar.
Agora uma observação importantíssima: Se você é alergica como eu, use luvas e estaja num lugar bem arejado na hora de passar a ferro usando uma máscara. Eu não sabia que era tão alergica e fiquei com as mãos descascando e com crise de asma por uma semana depois da aventura. Eu ainda não achei um amaciante sem cheiro, deve ajudar. Se você encontrar me avise.
Se a minha explicação ficou confusa, dê uma olhada no blog Abeautifulcraft que foi onde eu vi pela primeira vez essa técnica.

Quilt Label


Etiquetei o quilt. É a primeira vez que um trabalho meu vai par algum lugar. Parece que estou mandando um filho viajar, pensando se ele será bem tratado, se vão gsotar dele,se vai voltar bem...
Resolvi testar a técnica de impressão no tecido que a Cândida ensinou porque a minha letra é muito ruim. Fiz simples com medo de não ficar nítido, mas ficou igual à impressão no papel. Gostei muito do resultado. Agora estou saindo para um congresso e só volto na quinta-feira. Espero que não arranjar mais compromissos, senão não faço me dedicar ao patch do jeito quero. Só vou levar as minhas lavandas para bordar.

Sunbonnet Crazy Redwork

Terminei. Quer dizer, falta fazer a etiqueta para mandar para Porto Alegre hoje. Ficou bem bonitinho, e consegui fazer o acabamento bem, com os cantos mitrados certinhos. A medida final é 74x39cm.

ISBN4391126788


Foi daqui que tirei os desenhos para o meu painel. É um livro japonês com "American Original Pattern". Comprei na Livraria Fonomag onde gasto uma boa quantia em dinheiro todos os meses.

Crazy redwork


SunbonnetRed-039w, originally uploaded by quiltaeborda.

Depois de pensar bastante decidi por esta montagem. Costurei 18 blocos em fundation para fazer essa borda. Agora vou testar a cola temporária que comprei e vou quiltar à máquina porque quero usar uma manta mais dura para deixar o painel firme.

Arte, sociedade e tecnologia

Tenho gasto bastante tempo com meu hobby: bordando, comprando livros, arrumando meu quarto de costura, lendo blogs, pesquisando na internet. Tenho pensado sobre qual estilo vou seguir e o que vou produzir. Sempre achei que não tinha nada para criar nem nada para escrever, tudo já foi feito, escrito e documentado. Achava que sempre falamos sobre as mesmas coisas, já que o ser humano não evolui socialmente tanto quanto tecnologicamente. A minha intenção quando comecei este blog foi aprender a usar essa ferramenta e me estimular a terminar meus ufos que tinha fotografado um pouco antes. Não pensei que pessoas leriam.
Essa visão está mudando depois de dois posts que li nos últimos dias:Why blog? da Sharon B, fazendo comentários que me puseram a pensar e o post Pour tous les enfants .... Utopie ? de Nathalie Locquen que me tocou profundamente e me levou a escrever agora.
Normalmente sou cética em relação a movimentos pela paz e para salvar o planeta porque não acredito que façam realmente diferença na história da humanidade. Não é que discorde, mas não creio que sejam eficientes. Imagens de guerra estão banalizadas infelizmente, e, um bordado num tecido impresso me deixou perplexa. Uma obra de arte fresquinha, maravilhosa, na linguagem que é minha também, que eu nem imaginava que poderia ser uma forma de expressão tão contundente, num meio de comunicação que eu achava fútil.
Por isso eu escrevi, para compartilhar com vocês uma novidade que eu acabei de descobrir.

Sunbonnet Sue


Terminei o quarto bloco de Sunbonnet Sue em redwork. Este é meu segundo trabalho com as meninas. O outro fiz com aplicação para a minha sobrinha Fernanda e ficou muito bom com a decoração em tons lavanda do quarto dela.

Cansei de Sunbonnets. Mas são lindinhas e têm origem em histórias infantis do começo dos anos 1900. Li que a editora de livros Kate Greenaway, em 1870, já as desenhava. Mas o crédito pela criação das meninas com chapéu é de Bertha Corbett Melcher. Ela ilustrou o livro "The Sunbonnet Babies" publicado em 1900. Em 1902, colaborou com Eulalie Osgood Grover no "The Sunbonnet Babies Primer" e a série de livros foi um sucesso por décadas nos Estados Unidos. Aqui estão três links que valem a pena visitar:

http://hartcottagequilts.com/his8.htm

http://www.sunbonnetsue.com/suehistory.html

http://william.torkington.com/sunbonnetABC/

Já estou bem treinada no stem stitch. Agora estou pensando como vou montar o painel. Alguma sugestão?

Redwork no tecido sintético


sb-002, originally uploaded by quiltaeborda.

Continuando meus testes, agora bordei num gorgurão que restou de uma cortina da minha casa. Como o meu algodão branco acabou, achei que este combinaria com a linha de seda. Coloquei também uns brilhos e o resultado ficou bom.